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  • Foto do escritorComunicação BH-TEC

Outlab materializa ponte entre universidade e sociedade: 'Só existe futuro com ciência'

Atualizado: 27 de out. de 2023


Visão geral da cerimônia de encerramento do Outlab_edited
Cerimônia de encerramento do Outlab contou com o CEO do BH-TEC, Marco Crocco, a reitora da UFMG, Sandra Goulart, o pró-reitor de Pesquisa, Fernando Reis, e o coordenador de Inovação da Fundep, Matheus Azzi | Amanda Canhestro/Outlab

"A ciência é fundamental para o país no qual a gente acredita. Quando falamos do futuro do país, esse futuro não existe sem ciência". A fala da reitora da UFMG, Sandra Goulart, resume o papel - e a importância - do Outlab UFMG, cuja a edição deste ano foi encerrada hoje (26), na Semana do Conhecimento.


A cerimônia de encerramento foi realizada dentro da ExpoLab, iniciativa na Semana do Conhecimento, no campus Pampulha, para aproximar o ambiente acadêmico, com foco em pesquisa e inovação, e o público externo.


Além da solenidade do Outlab UFMG 2023, a ExpoLab contou com estandes de centros e laboratórios da universidade, rodadas de negócios e pitchs - ou seja, uma rápida apresentação sobre as estruturas e projetos.


Transbordando a UFMG


A reitora da UFMG, Sandra Goulart, exaltou a importância da ciência para o futuro do Brasil e, seguindo essa linha de raciocínio, a importância do Outlab.

Reitora da UFMG, Sandra Goulart, fala durante cerimônia de encerramento do Outlab
Reitora da UFMG exaltou a importância da ciência para o futuro do Brasil | Amanda Canhestro/Outlab

"É uma iniciativa pioneira que procura ajudar os pesquisadores no processo de transferência de tecnologia. É uma enorme satisfação ter os laboratórios apresentando as suas propostas", afirma a reitora, antes de complementar:


"E também aprendendo com a nossa equipe que tem se especializado justamente em atender a essa demanda nos pesquisadores e pesquisadoras, para atender o que a sociedade demanda de uma universidade pública".


O Outlab UFMG é uma iniciativa encabeçada pela PRPq (Pró-Reitoria de Pesquisa), com participação da Fundep e do BH-TEC.


"Para o BH-TEC, foi fundamental porque somos uma ponte entre universidade e o setor produtivo e conseguimos desenvolver metodologias que o nosso LabMIn (Laboratório de Metodologias de Inovação) vem trabalhando e aplicá-las para os laboratórios da UFMG", afirma o CEO do Parque Tecnológico, Marco Crocco.

Coordenador de Inovação da Fundep, Matheus Azzi, fala na cerimônia de encerramento do Outlab
Mesa representa tríade: BH-TEC, UFMG e Fundep | Amanda Canhestro/Outlab

O pró-reitor de Pesquisa da UFMG, Fernando Reis, exaltou a participação do BH-TEC, "fundamental para o sucesso do Outlab", e reforçou o engajamento de todos os participantes.


"Todas as atividades feitas ao longo desse período, de agosto até aqui, foram de participação intensa e absoluta de todas as pessoas inscritas. Todas as aulas, interações e visitas de atividades práticas tiveram presença maciça e participação intensa", afirmou, durante a fala na solenidade.


Por fim, coordenador de Inovação da Fundep, Matheus Azzi, reforçou o pioneirismo do projeto "para tentar passar o conhecimento em gestão e empreendedorismo aos laboratórios da universidade".


Teoria e prática lado a lado


Antes, durante e depois da cerimônia de encerramento do Outlab, o ExpoLab proporcionava a prática do que as autoridades reforçaram nas falas. Das 9h às 15h, no CAD3 (Centro de Atividades Didáticas 3) da UFMG, uma estrutura foi montada para aproximar o conhecimento da sociedade - inclusive, por intermédio das empresas.


Cerca de 20 laboratórios e centros da UFMG montaram estandes com especialistas para expor o desenvolvimento de soluções em temas diversos: inteligência artificial e tecnologias médicas avançadas; biotecnologia e genética; química analítica ambiental; indústrias de base e economia 4.0, entre outros.

Espaço Conexões no ExpoLab
ExpoLab contou o Espaço Conexões, onde pesquisadores e empresas iniciaram parcerias | Amanda Canhestro/Outlab

Um dos visitantes foi Arnaldo Terra Gontijo, engenheiro especialista da Biosfera, uma das empresas residentes do BH-TEC. O estudioso estava na ExpoLab justamente para encontrar oportunidades para a empresa - e encontrou!


"A gente procura um entendimento de possíveis parceiros na área de reaproveitamento de resíduos, que é o nosso foco. E estou vendo aqui que tem realmente alguns parceiros em potencial muito interessantes. Já agendei, inclusive, conversas na parte da tarde, para a gente aprofundar mais sobre o assunto", afirmou, ainda no turno da manhã.


Uma das conversas foi justamente com o Instituto Acqua, inserido no Departamento de Engenharia Metalúrgica da UFMG. A unidade expôs e apresentou três projetos - um deles sobre reciclagem do metal índio, usado na produção de telas de cristais líquidos.

Estande do Instituto Acqua no ExpoLab
Estande do Instituto Acqua | Amanda Canhestro/Outlab

"É um metal crítico estratégico: tem uma demanda muito alta e uma oferta muito baixa - então, vai ter um momento em que vai faltar. Normalmente a gente não tem minério de índio com extração viável, então, ele é um subproduto da mineração de zinco. No projeto, a gente retira o índio de fonte secundária", explica Daisa Gonçalves, pesquisadora do instituto e doutoranda do Departamento de Engenharia de Metalúrgica e de Materiais.


Centros de tecnologia da UFMG sediados no BH-TEC também estavam presentes: tanto o CTVacinas (Centro de Tecnologia de Vacinas), responsável pelo primeiro imunizante 100% brasileiro, a SpiN-TEC, e o CTNano (Centro de Tecnologia em Nanomateriais e Grafeno).


"Estamos expondo alguns dos nanomateriais e exemplos de sistemas que são desenvolvidos no centro. Trouxemos os principais elementos da cadeia de valores do centro como os nanomateriais sintetizados por nós e exemplos de produtos finais nanoestruturados como membranas, borrachas, sensores, adesvios, clínquer, entre outros que atendem a diversas demandas de setores industriais", resume Amanda Filizzola, pesquisadora do CTNano

Participantes do ExpoLab observam pitch
ExpoLab também teve um espaço para rápidas apresentações, os conhecidos pitchs | Amanda Canhestro/Outlab

'O corpo fala'


Outro laboratório presente na ExpoLab - e que também participou do Outlab - foi o LAM (Laboratório da Análise do Movimento), da Escola de Educação Física e Fisioterapia e Terapia Ocupacional da UFMG.


"A gente acredita que o corpo fala: ele passa informações pra gente antes da gente se machucar", introduz Liria Okai-Nóbrega, pesquisadora do laboratório.


"Temos duas vertentes: uma de prestação de serviço. Avaliamos crianças, adultos e praticantes de qualquer esporte. E a outra é desenvolvimento de produto: acreditamos que, pelo seu movimento, a gente consegue ter uma previsibilidade de lesão", complementa.


Em uma vida cada vez mais corrida, precisamos cada vez mais de um dispositivo para avisar quando precisamos parar para não se lesionar - assim pensa o LAM.

Pesquisadores do LAM falam durante o ExpoLab
Pesquisadores do LAM falam durante o ExpoLab | Amanda Canhestro/Outlab

E a Treinus, outra residente do BH-TEC, iniciou uma parceria que promete resultados impactantes. A empresa tem uma plataforma de gestão de treinos - e cerca de 20% dos corredores passam por lesão.


"Será que, se essas pessoas forem submetidas a uma avaliação, conhecerem o corpo, não podem evitar essa lesão?", questiona Liria Okai-Nóbrega.


"A gente percebe boas oportunidades para trabalhar em conjunto e já até iniciamos uma conversa para avançar com alguma pesquisa com o apoio da Treinus e parceria com a Universidade e com LAM. Estamos na torcida para esse projeto ir mais e mais à frente e trazer bons frutos", vibra Gutenberg Dias, CEO da Treinus.


Confira mais sobre o Outlab e os laboratórios participantes aqui.


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